Não teve fim a aula inaugural da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) nesta sexta-feira. O reitor pro tempore, Seixas Lourenço, vetou a fala do Diretório Central dos Estudantes (DCE) que protestava contra a falta de democracia na Universidade. Também estiveram presentes estudantes e professores do Movimento Ufopa Livre!
No fim da tarde desta sexta-feira, os manifestantes se concentraram na frente do hotel Bullevard, local alugado em Santarém para a aula dos estudantes recém-ingressos e onde ocorreria a aula inaugural. Houve tumulto quando um estudante vestido de frango tentou entrar nas dependências.
Ao entrarem no auditório do evento, os manifestantes ficaram em silêncio, mas ficaram com as bocas amordaçadas. Um grupo tentou negociar uma fala de 3 minutos do DCE, o que foi negado. Os manifestantes se deslocaram até a frente ao palco, com faixas abertas e ainda em silêncio.
A professora Fátima Matos, ligada à reitoria, ainda tentou organizar um “Ih, fora” contra os manifestantes, quando o reitor nomeado, Seixas Lorenço, cancelou a cerimônia e responsabilizou o protesto.
Uma assembleia estudantil teve início no interior do Campus-hotel, mas sons extremamente altos foram ligados, forçando a retirada dos estudantes para a frente do hotel, onde a assembleia foi concluída.
A evidente falta de democracia na Ufopa se aprofunda a cada dia.
Em tempo, esta semana teve início a oitava chamada de calouros para preenchimento para quase 20% das vagas ainda ociosas.
Assim mesmo que aconteceu... Enquanto tem um monte de gente e "Jornal" difamando os estudantes que encabeçaram o protesto, além de ainda incluí-los em partidos de esquerda como PSOL e PSTU. É incrível como ainda existe gente que faz esse tipo de coisa. Mas é isso aí, a população e toda a comunidade estudantil deve ficar ciente do que acontece em uma Universidade que não é apenas de quem estuda lá e sim, toda a COMUNIDADE e REGIÃO!
ResponderExcluirO que era para ser uma solenidade com o ingresso dos primeiros calouros da UFOPA (2011), tornou-se um caos pela ignorância de uns e inconveniência de outros. Mas, como caloura e cidadã, eu me senti extremamente desapontada e revoltada com o que vi. Uma universidade antidemocrática, um reitor tirano e uma massa de calouros alienados e “emburrecidos”, ferindo seus próprios direitos e calando suas próprias vozes num momento de extrema importância na luta por uma universidade democrática e mais estruturada para todos. Talvez os veteranos tenham sido inconvenientes ao tomar o palco, alias a frente do palco, para protestar por uma universidade democrática e melhor para todos; porém discordo da maneira ridícula como os próprios calouros os trataram. Não lhes dando o reles direito que cabe a qualquer ser humano digno, o de liberdade de expressão. Isso me faz crer que o “povo” brasileiro tem uma baixa maturidade política para promover instituições um pouco mais reais no que tange à democracia. Tal qual a universidade que deveria primar pela liberdade de expressão, e diga-se, arduamente conquistada pela luta dos movimentos sociais ante a outrora ditadura vigorante nesse país. Na posição de estudante universitária me senti agredida e silenciada, além de burlada em meus próprios direitos.
ResponderExcluirO DCE possui vários acadêmicos brilhantes, eu até acho interessante o proesto que fizeram, porém acredito que vcs tem que mais objetivos, acredito que o objetivo maior do DCE seja agora precionar para que o novo estatuto seja feito para que haja eleição para a reitoria. É claro que isso será tbm dificultado, pois eles iram enviar pessoas q atrapalharão a estatuinte para torna a reitoria um cargo quase vitalício.
ResponderExcluirSejam mais criativos, sei lá..., criem uma camisa fora Raul Seixas, distribuam pulseiras pretas como forma de luto. Vcs são criativos! Busquem o apoio da calorada q ainda não sabe o q é Universidade...
Essa é a opinião de um ex-acadêmico de Matemática que mesmo longe, sente muita tristeza por estarem acabando com uma instituição tão bacana.