quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

"A Universidade Operacional"

E eis que no remoto ano de 1999, (Ano de mais um possível fim do mundo que não veio, bug do milênio etc, lembram? Talvez prevendo o cataclisma do ensino universitário brasileiro) já se falava sobre o agora atual confronto travado em nossa Universidade!

Universidade Operacional, nós, estudantes, ousamos resistir a você!

A leitura a seguir é imersiva e impactante. Leiam, reflitam, discutam, propagem!

A universidade operacional

Fabiano Accorsi - 9.dez.98/
Folha Imagem
Estudantes fazem prova do vestibular, em São Paulo, no final do ano passado

MARILENA CHAUI

A Reforma do Estado brasileiro pretende modernizar e racionalizar as atividades estatais, redefinidas e distribuídas em setores, um dos quais é designado Setor dos Serviços Não-Exclusivos do Estado, isto é, aqueles que podem ser realizados por instituições não-estatais, na qualidade de prestadoras de serviços.

O Estado pode prover tais serviços,
mas não os executa diretamente nem executa uma política reguladora dessa prestação. Nesses serviços estão incluídas a educação, a saúde,
a cultura e as utilidades públicas, entendidas como "organizações sociais" prestadoras de serviços que celebram "contratos de gestão" com o Estado.

A Reforma tem um pressuposto ideológico básico: o mercado é portador de racionalidade sociopolítica e agente principal do bem-estar da República. Esse pressuposto leva a colocar direitos sociais (como a saúde, a educação e a cultura) no setor de serviços definidos pelo mercado.

Dessa maneira, a Reforma encolhe o espaço público democrático dos direitos e amplia o espaço privado não só ali onde isso seria previsível -nas atividades ligadas à produção econômica-, mas também onde não é admissível -no campo dos direitos sociais conquistados.

A posição da universidade no setor de prestação de serviços confere um sentido bastante determinado à idéia de autonomia universitária e introduz termos como "qualidade universitária", "avaliação universitária" e "flexibilização da universidade".

De fato, a autonomia universitária se reduz à gestão de receitas e despesas, de acordo com o contrato de gestão pelo qual o Estado estabelece metas e indicadores de desempenho, que determinam a renovação ou não renovação do contrato. A autonomia significa, portanto, gerenciamento empresarial da instituição e prevê que, para cumprir as metas e alcançar os indicadores impostos pelo contrato de gestão, a universidade tem "autonomia" para "captar recursos" de outras fontes, fazendo parcerias com as empresas privadas.

A "flexibilização" é o corolário da "autonomia". Na linguagem do Ministério da Educação, "flexibilizar" significa:

1) eliminar o regime único de trabalho, o concurso público e a dedicação exclusiva, substituindo-os por "contratos flexíveis", isto é, temporários e precários;
2) simplificar os processos de compras (as licitações), a gestão financeira e a prestação de contas (sobretudo para proteção das chamadas "outras fontes de financiamento", que não pretendem se ver publicamente expostas e controladas);
3) adaptar os currículos de graduação e pós-graduação às necessidades profissionais das diferentes regiões do país, isto é, às demandas das empresas locais (aliás, é sistemática nos textos da Reforma referentes aos serviços a identificação entre "social" e "empresarial");
4) separar docência e pesquisa, deixando a primeira na universidade e deslocando a segunda para centros autônomos.

A "qualidade" é definida como competência e excelência, cujo critério é o "atendimento às necessidades de modernização da economia e desenvolvimento social"; e é medida pela produtividade, orientada por três critérios: quanto uma universidade produz, em quanto tempo produz e qual o custo do que produz.

Em outras palavras, os critérios da produtividade são quantidade, tempo e custo, que definirão os contratos de gestão. Observa-se que a pergunta pela produtividade não indaga: o que se produz, como se produz, para que ou para quem se produz, mas opera uma inversão tipicamente ideológica da qualidade em quantidade.

Observa-se também que a docência não entra na medida da produtividade e, portanto, não faz parte da qualidade universitária, o que, aliás, justifica a prática dos "contratos flexíveis".

Ora, considerando-se que a proposta da Reforma separa a universidade e o centro de pesquisa, e considerando-se que a "produtividade" orienta o contrato de gestão, cabe indagar qual haverá de ser o critério dos contratos de gestão da universidade, uma vez que não há definição de critérios para "medir" a qualidade da docência.

O léxico da Reforma é inseparável da definição da universidade como "organização social" e de sua inserção no setor de serviços não-exclusivos do Estado.

Ora, desde seu surgimento (no século 13 europeu), a universidade sempre foi uma instituição social, isto é, uma ação social, uma prática social fundada no reconhecimento público de sua legitimidade e de suas atribuições, num princípio de diferenciação, que lhe confere autonomia perante outras instituições sociais, e estruturada por ordenamentos, regras, normas e valores de reconhecimento e legitimidade internos a ela.

A legitimidade da universidade moderna fundou-se na conquista da idéia de autonomia do saber diante da religião e do Estado, portanto na idéia de um conhecimento guiado por sua própria lógica, por necessidades imanentes a ele, tanto do ponto de vista de sua invenção ou descoberta como de sua transmissão.

Por isso mesmo, a universidade européia tornou-se inseparável das idéias de formação, reflexão, criação e crítica. Com as lutas sociais e políticas dos últimos séculos, com a conquista da educação e da cultura como direitos, a universidade tornou-se também uma instituição social inseparável da idéia de democracia e de democratização do saber: seja para realizar essa idéia, seja para opor-se a ela, a instituição universitária não pôde furtar-se à referência à democracia como idéia reguladora, nem pôde furtar-se a responder, afirmativa ou negativamente, ao ideal socialista.

Que significa, então, passar da condição de instituição social à de organização social?

Uma organização difere de uma instituição por definir-se por uma outra prática social, qual seja, a de sua instrumentalidade: está referida ao conjunto de meios particulares para obtenção de um objetivo particular.

Não está referida a ações articuladas às idéias de reconhecimento externo e interno, de legitimidade interna e externa, mas a operações definidas como estratégias balizadas pelas idéias de eficácia e de sucesso no emprego de determinados meios para alcançar o objetivo particular que a define. É regida pelas idéias de gestão, planejamento, previsão, controle e êxito.

Não lhe compete discutir ou questionar sua própria existência, sua função, seu lugar no interior da luta de classes, pois isso, que para a instituição social universitária é crucial, é, para a organização, um dado de fato. Ela sabe (ou julga saber) por que, para que e onde existe.

A instituição social aspira à universalidade. A organização sabe que sua eficácia e seu sucesso dependem de sua particularidade. Isso significa que a instituição tem a sociedade como seu princípio e sua referência normativa e valorativa, enquanto a organização tem apenas a si mesma como referência, num processo de competição com outras que fixaram os mesmos objetivos particulares.

Em outras palavras, a instituição se percebe inserida na divisão social e política e busca definir uma universalidade (ou imaginária ou desejável) que lhe permita responder às contradições impostas pela divisão. Ao contrário, a organização pretende gerir seu espaço e tempo particulares aceitando como dado bruto sua inserção num dos pólos da divisão social, e seu alvo não é responder às contradições, e sim vencer a competição com seus supostos iguais.

Como foi possível passar da idéia da universidade como instituição social à sua definição como organização prestadora de serviços?
A forma atual do capitalismo se caracteriza pela fragmentação de todas as esferas da vida social, partindo da fragmentação da produção, da dispersão espacial e temporal do trabalho, da destruição dos referenciais que balizavam a identidade de classe e as formas da luta de classes.

A sociedade aparece como uma rede móvel, instável, efêmera de organizações particulares definidas por estratégias particulares e programas particulares, competindo entre si.

Sociedade e Natureza são reabsorvidas uma na outra e uma pela outra porque ambas deixaram de ser um princípio interno de estruturação e diferenciação das ações naturais e humanas para se tornarem, abstratamente, "meio ambiente"; e "meio ambiente" instável, fluido, permeado por um espaço e um tempo virtuais que nos afastam de qualquer densidade material; "meio ambiente" perigoso, ameaçador e ameaçado, que deve ser gerido, programado, planejado e controlado por estratégias de intervenção tecnológica e jogos de poder.

Por isso mesmo, a permanência de uma organização depende muito pouco de sua estrutura interna e muito mais de sua capacidade de adaptar-se celeremente a mudanças rápidas da superfície do "meio ambiente". Donde o interesse pela idéia de flexibilidade, que indica a capacidade adaptativa a mudanças contínuas e inesperadas.

A organização pertence à ordem biológica da plasticidade do comportamento adaptativo.

A passagem da universidade da condição de instituição à de organização insere-se nessa mudança geral da sociedade, sob os efeitos da nova forma do capital, e ocorreu em duas fases sucessivas, também acompanhando as sucessivas mudanças do capital. Numa primeira fase, tornou-se universidade funcional; na segunda, universidade operacional.

A universidade funcional estava voltada para a formação rápida de profissionais requisitados como mão-de-obra altamente qualificada para o mercado de trabalho.


Adaptando-se às exigências do mercado, a universidade alterou seus currículos, programas e atividades para garantir a inserção profissional dos estudantes no mercado de trabalho, separando cada vez mais docência e pesquisa.

Enquanto a universidade clássica estava voltada para o conhecimento e a universidade funcional estava voltada diretamente para o mercado de trabalho, a nova universidade ou universidade operacional, por ser uma organização, está voltada para si mesma enquanto estrutura de gestão e de arbitragem de contratos.

Regida por contratos de gestão, avaliada por índices de produtividade, calculada para ser flexível, a universidade operacional está estruturada por estratégias e programas de eficácia organizacional e, portanto, pela particularidade e instabilidade dos meios e dos objetivos.

Definida e estruturada por normas e padrões inteiramente alheios ao conhecimento e à formação intelectual, está pulverizada em microrganizações que ocupam seus docentes e curvam seus estudantes a exigências exteriores ao trabalho intelectual.

A heteronomia da universidade autônoma é visível a olho nu: o aumento insano de horas-aula, a diminuição do tempo para mestrados e doutorados, a avaliação pela quantidade de publicações, colóquios e congressos, a multiplicação de comissões e relatórios etc.

Virada para seu próprio umbigo, mas sem saber onde este se encontra, a universidade operacional opera e por isso mesmo não age. Não surpreende, então, que esse operar co-opere para sua contínua desmoralização pública e degradação interna.


Que se entende por docência e pesquisa, na universidade operacional, produtiva e flexível?

A docência é entendida como transmissão rápida de conhecimentos, consignados em manuais de fácil leitura para os estudantes, de preferência, ricos em ilustrações e com duplicata em CDs.

O recrutamento de professores é feito sem levar em consideração se dominam ou não o campo de conhecimentos de sua disciplina e as relações entre ela e outras afins -o professor é contratado ou por ser um pesquisador promissor que se dedica a algo muito especializado, ou porque, não tendo vocação para a pesquisa, aceita ser escorchado e arrochado por contratos de trabalho temporários e precários, ou melhor, "flexíveis".

A docência é pensada como habilitação rápida para graduados, que precisam entrar rapidamente num mercado de trabalho do qual serão expulsos em poucos anos, pois tornam-se, em pouco tempo, jovens obsoletos e descartáveis; ou como correia de transmissão entre pesquisadores e treino para novos pesquisadores.

Transmissão e adestramento. Desapareceu, portanto, a marca essencial da docência: a formação.

A desvalorização da docência teria significado a valorização excessiva da pesquisa? Ora, o que é a pesquisa na universidade operacional?

À fragmentação econômica, social e política, imposta pela nova forma do capitalismo, corresponde uma ideologia autonomeada pós-moderna. Essa nomenclatura pretende marcar a ruptura com as idéias clássica e ilustradas, que fizeram a modernidade. Para essa ideologia, a razão, a verdade e a história são mitos totalitários; o espaço e o tempo são sucessão efêmera e volátil de imagens velozes e a compressão dos lugares e instantes na irrealidade virtual, que apaga todo contato com o espaço-tempo enquanto estrutura do mundo; a subjetividade não é a reflexão, mas a intimidade narcísica, e a objetividade não é o conhecimento do que é exterior e diverso do sujeito, e sim um conjunto de estratégias montadas sobre jogos de linguagem, que representam jogos de pensamento.

A história do saber aparece como troca periódica de jogos de linguagem e de pensamento, isto é, como invenção e abandono de "paradigmas", sem que o conhecimento jamais toque a própria realidade. O que pode ser a pesquisa numa universidade operacional sob a ideologia pós-moderna? O que há de ser a pesquisa quando razão, verdade, história são tidas por mitos, espaço e tempo se tornaram a superfície achatada de sucessão de imagens, pensamento e linguagem se tornaram jogos, constructos contingentes cujo valor é apenas estratégico?

Numa organização, uma "pesquisa" é uma estratégia de intervenção e de controle de meios ou instrumentos para a consecução de um objetivo delimitado. Em outras palavras, uma "pesquisa" é um "survey" de problemas, dificuldades e obstáculos para a realização do objetivo, e um cálculo de meios para soluções parciais e locais para problemas e obstáculos locais.

Pesquisa, ali, não é conhecimento de alguma coisa, mas posse de instrumentos para intervir e controlar alguma coisa. Por isso mesmo, numa organização não há tempo para a reflexão, a crítica, o exame de conhecimentos instituídos, sua mudança ou sua superação. Numa organização, a atividade cognitiva não tem como nem por que realizar-se.

Em contrapartida, no jogo estratégico da competição no mercado, a organização se mantém e se firma se for capaz de propor áreas de problemas, dificuldades, obstáculos sempre novos, o que é feito pela fragmentação de antigos problemas em novíssimos microproblemas, sobre os quais o controle parece ser cada vez maior.

A fragmentação, condição de sobrevida da organização, torna-se real e propõe a especialização como estratégia principal e entende por "pesquisa" a delimitação estratégica de um campo de intervenção e controle. É evidente que a avaliação desse trabalho só pode ser feita em termos compreensíveis para uma organização, isto é, em termos de custo-benefício, pautada pela idéia de produtividade, que avalia em quanto tempo, com que custo e
quanto foi produzido.

Em suma, se por pesquisa entendermos a investigação de algo que nos lança na interrogação, que nos pede reflexão, crítica, enfrentamento com o instituído, descoberta, invenção e criação; se por pesquisa entendermos o trabalho do pensamento e da linguagem para pensar e dizer o que ainda não foi pensado nem dito; se por pesquisa entendermos uma visão compreensiva de totalidades e sínteses abertas que suscitam a interrogação e a busca; se por pesquisa entendermos uma ação civilizatória contra a barbárie social e política, então, é evidente que não há pesquisa na universidade operacional.

Essa universidade não forma e não cria pensamento, despoja a linguagem de sentido, densidade e mistério, destrói a curiosidade e a admiração que levam à descoberta do novo, anula toda pretensão de transformação histórica como ação consciente dos seres humanos em condições materialmente determinadas.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fol/brasil500/dc_1_3.htm

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

"Novo" modelo velhas intenções

Uma das questões de grande preocupação da comunidade acadêmica e que tem sido objeto constante de debates no interior da Universidade(UFOPA), notadamente dentro do movimento estudantil , é a questão do "novo" modelo acadêmico proposto para a nova universidade (modelo já adotado inclusive no tempo da ditadura militar).

Depois do período de habilitação feito pela UFOPA, que se estendeu dos dias 2 a 9 de fevereiro, temos a primeira constatação do insucesso do "novo" modelo acadêmico: dos 1150 aprovados apenas cerca de 1/4 fez a habilitação,

Uma das principais certezas nas argumentações a favor do "novo" modelo acadêmico era a de que a comunidade em geral tinha aceitado, sem desconfianças, a nova proposta, já que o número de inscrições para o processo seletivo da UFOPA foi de 17.365. Porém os números da habilitação  mostraram que a comunidade em geral olha com preocupação a nova universidade.

A "nova" proposta na verdade faz parte de um plano de reestruturação da educação nacional, que antes de prezar por pessoas que saiam da universidade aptas a fazer diferença dentro da sociedade, se tonando profissionais de alta qualidade e preparados para as demandas complexas de uma sociedade dominada pelos princípios destruidores do capital e de sua influencia individualista, apenas busca formar mercadorias para o mercado de trabalho e que de preferência se adequem as demandas das grandes multinacionais.

Por isso não podemos deixar que construam uma universidade, de tamanha importância para toda a região,  sem a participação democrática de todos que a compõem.

Este é apenas um dos lamentáveis acontecimento que mostram o distanciamento da nova universidade da comunidade em geral.

Fonte: Outra Frequência

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

NOTA DE ESCLARECIMENTO PÚBLICO

A Universidade Federal do Oeste do Pará é uma instituição pública do Estado Brasileiro regida por legislação nacional e ligada diretamente ao MEC. Na constituição em seu Art. 1° em seu parágrafo único rege que: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Nas universidades brasileiras, submetidas a Constituição Federal e ao MEC, garanti-se o direito pleno e democrático.

Historicamente e politicamente, os trabalhadores da universidade, os estudantes e os professores, lutaram por garantir e manter a democracia interna ao máximo possível, como direito conquistado nas lutas de seus movimentos docentes, discentes e de servidores. Desta forma primamos por este principio, como das garantias previstas na Constituição.

Estamos em um processo de construção do Estatuto da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA. Entendendo que, diante da necessidade social, política e histórica de manter a democracia nas universidades brasileiras, da qual a UFOPA faz parte, devemos garantir essa conquista histórica dos movimentos dos trabalhadores e trabalhadoras deste país. Assim, no processo de construção de sua carta estatuto, principal documento que rege a UFOPA, se faz fundamental que as categorias internas que a compõe e a sociedade em geral possam participar de sua construção, livre e democraticamente.

Por estes entendimentos acima, deixando bastante a vontade os colegas professores, eu Prof. Dr. Gilson da Silva Costa, atual presidente dos trabalhos referente ao Estatuto, venho publicamente informar que me disponho a abdicar do cargo de Presidente da Comissão de Discussão e Elaboração do Estatuto da UFOPA (Portaria n. 375 de 7 de junho de 2010 e Portaria n. 686 de 9 de novembro de 2010). 

Esta condição está dada, diante do entendimento que há necessidade de um processo democrático de escolha a partir de uma assembleia dos docentes, desde um Edital de Convocação Específico para votação de seu representante a presidente da referida Comissão, como fora feito anteriormente para informe dos trabalhos da Estatuinte. Exige-se a necessidade democrática e de direito, que seus representantes sejam escolhidos em regime de votação em assembleia, convocada desde edital e pauta específica para tal.

Da mesma forma que as demais categorias deverão assim proceder, democraticamente, para a escolha de seus representantes: Escolha do vice-presidente pela categoria dos técnico-administrativos e escolha do 1° secretário e 2° secretário pelos estudantes, recompondo assim, a Direção Executiva da Comissão Estatuinte em sua universalidade e democracia. Com legitimidade de ato, fato e direito, e não com atos de império, anti-democráticos e golpistas, como recentemente fora feito impondo nomes ao cargo de presidente e passando por cima do processo democrático. 

Pois se somos docentes comprometidos com a educação de fato, devemos começar por vivenciar esta dignidade, e mantê-la em pé, em seu pleno uso. Ou concordaremos que continuem os atos imperiais, autoritários e ditatoriais na UFOPA? Não pode ser que isso parta dos professores, estudantes e técnicos, que são todos os trabalhadores da educação que deve ser pública, democrática e de qualidade técnica, política, científica e moral.

Prof. Dr. Gilson da Silva Costa
Presidente da Comissão de Discussão e Elaboração do Estatuto

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Projeto - A Universidade que Queremos

Para aqueles que dizem que apenas criticamos, sem propostas, aqui está o Projeto de Universidade alternativo ao da Reitoria, que sempre fez seus ouvidos surdos as nossas demanadas! Vamos em frente, continuar a construção do Projeto e aperfeiçoá-lo!

http://www.mediafire.com/?yuxnsf38q8lnarn